O álbum conta com colaborações notáveis como Jaani Peuhu (Ianai, Mercury Circle, ex-Swallow The Sun), Mark Kelson (The Eternal), Carmelo Orlando (Novembre), Juan Escobar (Wooden Veins, Mar de Grises, Astor Voltaires), Carline Van Roos (Aythis, Lethian Dreams, Remembrance) e Natalia Drepina (Mourneress, Your Schizophrenia), trazendo novas dimensões emocionais à obra.
Mixado e masterizado no Pentasonic Studios por Sergio Peiró, o álbum se desdobra como uma peça delicada e profunda, onde cada acorde ressoa com a fragilidade da existência. A arte, criada por Natalia Drepina, reflete visualmente a essência etérea e introspectiva do álbum, capturando sua beleza melancólica. "The Fragile Light Of Fireflies" oferece aos ouvintes uma nova perspectiva sobre a essência de Evadne.
Ao despir suas composições até o âmago, Evadne revela nuances que antes se escondiam sob as camadas densas do doom melódico. Canções que antes rugiam com peso agora sussurram verdades profundas, transformando-se em confissões murmuradas ao ouvido do ouvinte. As vozes ganham um novo protagonismo, entrelaçando-se com harmonias acústicas que evocam paisagens desoladas, crepúsculos infinitos e a beleza silenciosa da solidão.
A presença dos convidados não apenas enriquece as texturas sonoras, mas aprofunda ainda mais o tom emocional da obra. Cada colaboração é um fio de luz tênue, que se junta ao brilho coletivo dessas pequenas "vaga-lumes" sonoras, iluminando a escuridão com uma luz tênue, porém constante. Há um senso de comunhão melancólica como se todos os artistas compartilhassem uma mesma dor, uma mesma lembrança que ecoa através do tempo.
"The Fragile Light Of Fireflies" é mas uma experiência sensorial que convida à introspecção. Cada faixa surge como um suspiro suspenso no tempo, onde o som se transforma em paisagem e a emoção se desenha em formas quase tangíveis. Ao optar por uma abordagem acústica, Evadne rompe com a expectativa do peso tradicional do doom metal e, paradoxalmente, entrega um disco ainda mais devastador em sua honestidade emocional e ao final da audição, "The Fragile Light Of Fireflies" deixa uma impressão profunda e duradoura, como o brilho de uma lembrança que se recusa a desaparecer completamente. É um trabalho que exige atenção, entrega e, acima de tudo, vulnerabilidade. Evadne demonstra maturidade artística ao abrir mão da grandiosidade sonora para mergulhar no âmago da expressão humana.
Resenha por: Alessandro & Reinaldo
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